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Tudo o que você precisa saber sobre Precificação





Olá a todos! Como estão?

Para quem ainda não me conhece, sou Herlandes Heredia, fotógrafo e professor de fotografia. Hoje, neste espaço, quero abordar um tema que muitos iniciantes têm dúvidas: quanto cobrar? Como definir preços? Devo seguir o que o mercado pratica ou estabelecer um valor baseado no que acredito ser justo? Se você também se questiona sobre esses pontos, convido você a me acompanhar ao longo deste artigo. Vale ressaltar que não vou simplesmente dizer "cobrem X", mas vou apresentar estratégias para precificação.


Em minha trajetória, vivenciei os desafios que muitos de vocês enfrentam. Às vezes, para conquistar clientes, me via dedicando muito tempo a projetos por uma compensação que mal cobria as despesas básicas. Em outros momentos, arriscava cobrar um pouco mais, na esperança de valorizar verdadeiramente meu trabalho, mas acabava deparando-me com a dura realidade de ter poucos clientes.


Cada clique da minha câmera não representava apenas a captura de imagens, mas também uma busca incessante por oportunidades que pudessem destacar meu trabalho nesse mercado desafiador. A incerteza pairava sobre mim: cobrar menos para atrair clientes, mesmo que isso significasse desvalorizar meu talento, ou arriscar cobrar mais, na esperança de que o mundo reconhecesse o valor por trás das minhas lentes?


Ao compartilhar minha trajetória, pretendo explorar os desafios comuns enfrentados por fotógrafos iniciantes ao tentar equilibrar a paixão pela arte com a necessidade de uma carreira financeiramente sustentável. Juntos, descobriremos estratégias que não apenas respeitam o valor artístico do nosso trabalho, mas também estabelecem as bases para o crescimento de nossas carreiras. Se você também está em busca de respostas, então vem comigo!

Antes de mergulharmos nas estratégias de precificação, é fundamental compreender alguns termos essenciais. O primeiro deles é o "custo". Quando falamos em estabelecer um preço "justo", estamos nos referindo a um valor que não apenas cobre todos os custos e despesas associadas, como passagens, alimentação, pagamento de ajudantes, compra de materiais como pilhas, impostos, entre outros, mas também incorpora uma margem de lucro. Portanto, tenha em mente que a fórmula para determinar o preço é: P (preço) = Custos (CF+CV) + Margem de Lucro.


Ótimo, ao compreender a fórmula, percebemos que os custos essencialmente se dividem em dois grupos: custos fixos (CF) e custos variáveis (CV). Vamos explorar um pouco mais sobre cada um:



Custos Fixos (CF): Os custos fixos são aqueles que permanecem constantes independentemente do número de serviços que você realiza. Para um fotógrafo, esses custos incluem:

  1. Impostos Mensais do CNPJ MEI: Esta é uma taxa fixa paga mensalmente, independentemente da quantidade de eventos ou ensaios realizados.

  2. Manutenção de Equipamentos: Embora possa não ser uma despesa mensal fixa, é um custo que não está vinculado ao número de eventos fotografados. Pode ser considerado fixo em termos de custo anual ou semestral. Aqui, particularmente, chamo de "Taxa de Depreciação". Pois além da revisão e limpeza da câmera, que inclui a limpeza do sensor, dos botões, das lentes e a higienização que deve ser realizada por um especialista, tambem tem o desgaste de cliques , por exemplo, reconhecemos que o tempo de vida útil da câmera é frequentemente associado ao número de cliques (embora essa seja uma simplificação um tanto quanto enganosa, mas não é o foco deste artigo. Para ilustrar, consideremos o seguinte exemplo: aqueles que trabalham com vídeos, como os youtubers, se gravarem por 40 minutos, o obturador da câmera registra apenas um clique. No entanto, durante esses 40 minutos, a luz está continuamente entrando na câmera, saturando os sensores, os componentes estão recebendo condutividade, a câmera está aquecendo, entre outros fatores) Eu, Herlandes, considero esse percentual de manutenção como uma espécie de taxa de depreciação. Caso tenha interesse em saber mais sobre esse ponto específico, sinta-se à vontade para comentar, e posso elaborar um novo artigo dedicado a esse tema.

  3. Aluguel de Espaço de Trabalho: Se você aluga um estúdio ou espaço para editar suas fotos, esse custo é fixo, pois permanece inalterado, independentemente do número de trabalhos realizados.

  4. SEGUROS: Se você utiliza o seu próprio carro para deslocar-se até o trabalho ou eventos e se você paga seguro, e se possui seguro para todos os seus equipamentos, esse montante precisa integrar a sua estratégia de precificação. Um exemplo simples sobre isso seria calcular o valor mensal pago à seguradora e dividi-lo pela média de clientes/eventos que você realiza no mês. Dessa forma, você terá uma parcela de cada serviço destinada ao seu seguro. No entanto, é importante destacar que esse custo é considerado fixo, pois mesmo se não tiver nenhum cliente em determinado mês, você ainda precisa arcar com o mesmo valor.

Custos Variáveis (CV): Os custos variáveis são aqueles que se alteram com base na quantidade de serviços que você realiza. Para o fotógrafo:


  1. Locomoção: Inclui despesas com Uber, metrô ou gasolina para o carro próprio. Quanto mais eventos ou ensaios você tiver, maior será o gasto com transporte.

  2. Pagamento de Ajudante: Se você remunera um ajudante por evento, esse é um custo variável, dependendo do número de eventos realizados ou se você terceiriza a edição de suas fotos ou diagramação de álbuns, por exemplo.

  3. Pilhas para Câmeras ou Equipamentos: Se você precisa comprar pilhas novas para cada evento, esse é um custo variável que aumenta proporcionalmente ao número de eventos.

  4. Alimentação durante o Trabalho: Os gastos com alimentação em dias de evento também são custos variáveis, pois variam conforme o número de eventos que você participa.

Ao compreender a distinção entre custos fixos e variáveis, você estará munido de uma base sólida para calcular os custos totais associados aos seus serviços fotográficos. Entretanto, é importante salientar que essa é uma visão simplificada, uma abordagem básica. Em uma análise mais aprofundada, seria necessário dividir os custos em diretos e indiretos, operacionais e não operacionais, entre outros aspectos mais detalhados. No entanto, essa complexidade não é abordada aqui, uma vez que o objetivo é apresentar o conceito de forma básica e clara.

A clareza será crucial à medida que avançamos para as estratégias práticas de precificação, assegurando que seus preços reflitam de maneira justa e equilibrada os diversos aspectos do seu negócio fotográfico. A próxima etapa será explorar essas estratégias de maneira mais aprofundada.





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